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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Décimas

MOTE

Esta mascarada enorme
Com que o Mundo nos aldraba,
Dura enquanto o Povo dorme,
Quando ele acordar, acaba.

(António Aleixo)

GLOSSAS


Demora esta gente p' ra acordar
Começa a ser grande o desleixo.
Ó grande poeta António Aleixo:
Quando vai o Povo despertar?
De norte a sul ouço protestar
A desigualdade é enorme,
Muitos no país já passam fome
E uns poucos a enriquecer,
Só mesmo tu não queres ver
Esta mascarada enorme.


Promessas são aos centos
Em vésperas d' eleições,
Esses enganosos camaleões
Logo esquecem os juramentos.
Começam por faltar alimentos
Triste carência em nós desaba,
E ainda quem de tal se gaba
Com tantos a ganhar menos...
Sofrem mais, os mais pequenos,
Com que os Mundo nos aldraba.


Podes enganar muitas vezes
Mas não o tempo todo...
Deixar atolados no lodo
Sempre os mesmos fregueses?
A mentira tem os seus revezes
E saciada, já pouco come,
No dia em que se transforme
E desperte do sono profundo...
Esse mau estado moribundo
Dura enquanto o Povo dorme.


Nada é certo eternamente
Eis uma verdade "La Palice"
Cair sempre na mesma idiotice
Não se cai seguramente.
Um idiota quando nos mente
Deixa escorrer saliva e baba,
E p' ra que ninguém disso saiba
Engole seu cuspo nojento...
Enganas o pobre sofrimento,
Quando ele acordar, acaba!

Matias José
"Eles comem tudo, e não deixam nada!" - da net


1 comentário:

jorge vicente disse...

Um poema bem do nosso tempo: activo, de revolta.

Grande abraço
Jorge Vicente