tag:blogger.com,1999:blog-61730386190874888242024-02-21T02:10:09.030+00:00Voz aos PoetasJosé Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.comBlogger118125tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-55448256145879447662021-02-14T15:09:00.003+00:002021-02-14T15:09:37.490+00:00Eterna namorada ETERNA NAMORADANaquela rua moravaA mulher que tanto amavaCujo nome nem sabiaMorava no rés do chãoAo passar meu coraçãoCom loucura ele batiaEu até achava graçaQuando através da vidraçaO seu olhar pressentiaSeus olhos vivos olhavamPara os meus quando passavamA sua boca sorriaUm dia lá me afoiteiÀ sua janela toqueiComo era meu desejoEla sorrindo acenouSua boca aproximouFoi assim o primeiro José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-43445496587767662742020-12-31T18:47:00.001+00:002020-12-31T18:47:22.213+00:00AMEM AmemPerante tanta atrocidade cometidaTanta bomba rebentadaTanta vida consumidaTanta conversa fiadaNão vou perder um segundoNem ficar de boca caladaE vou pedir ao MundoQue apenas ame e mais nadaAmaSem receiosSem peiasSem correntes Que te prendam a razãoDeixa que o teu coração se abraE te conte os seus segredosDeixa fluir a paixãoFlutua ao sabor dos sentidosDeixa entrar essa doce José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-9359623806010848632020-03-21T10:57:00.000+00:002020-03-21T10:57:10.393+00:00A palavra da poesiaA PALAVRA DA POESIA
Guarda o teu silêncio
No chão das tuas memórias
Não uses a palavra Poesia
Sem que ela te mereça essa escolha
Porque nos dias distantes das palavras
Na sua obscuridade e enigmas
Em que nada nos prende aos versos e às rimas
Esvoaça o pássaro branco da saudade
À procura do poema reencontrado
Na escrita e silêncios do poeta
E as rimas choram por si
E avivam-se os clarões do José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-79459551805988103082019-04-08T22:21:00.001+01:002019-04-08T22:21:49.369+01:00EsperançaESPERANÇA
Quem me dera
Ter o mundo
Fechado na minha mão
Nem que fosse por um segundo
Eu faria desse mundo
Um mundo belo e diferente
Um mundo para toda a gente
Um mundo com amanhã
Com liberdade
Em que a a solidariedade
Não fosse palavra vã
Um mundo onde a criança
Fosse futuro
Fosse esperança
Um mundo onde haja um sonho
Um sonho bonito
Em que o horizonte
Seja uma ponte
Para o infinito
José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-476010341117431922019-01-19T22:20:00.000+00:002019-01-19T22:20:47.588+00:00EU SÓ QUERO PEDIR POR FAVOREu só quero pedir por favor
Eu só quero pedir por favor.
Não penses mais em mim.
Sei que não murchou a flor
E outras vão colorir o jardim.
Eu só quero pedir por favor
Que deixes o meu sol nascer pela manhã,
E seja verdadeiro o seu fulgor,
E vermelho o bago da romã.
Eu só quero pedir por favor
Que não apagues o brilho do teu olhar,
Espelho do meu esplendor,
Onde a minha fantasia aprendeu a José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-58727680976437935682019-01-18T17:42:00.002+00:002019-01-18T17:45:38.914+00:00NO DIA EM QUE EU MORRER...No dia em que eu morrer...
No dia em que eu morrer
Gostava de ouvir guitarras
No seu trinado a dizer:
O Estrela soltou amarras!
Subiu ao alto do céu...
Depois de ao inferno baixar.
Desencarnou, não morreu,
Sem vontade de voltar.
Aqui mágoas padeceu
Por ser um desalinhado
Lutou, gritou e sofreu
Para cumprir o seu fado.
Aqui viveu sem temor
Em nome da liberdade
Sem dinheiro, com amor
Afectos e José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-79747246596348373092018-06-20T15:56:00.000+01:002018-06-20T15:56:37.536+01:00DEIXA-TE FICAR NO MEU PEITODEIXA-TE FICAR NO MEU PEITO
Esta noite
Deixa-te ficar no meu peito,
Não te mexas, nem sequer devagar,
Deixa que a brisa nos embale e ouve só o sussurrar do vento
Deixa-me cheirar o teu perfume
Porque foi ele que me trouxe aqui.
Quero o teu corpo e alma
Quero os teus lábios nos meus,
Quero-te quando a noite acalma
Mas quero-te sempre só meu.
Não me feches os olhos
Porque quero ver o brilho do José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-4069657198244404762017-03-22T22:25:00.002+00:002017-03-22T22:28:17.465+00:00A POESIA ...A POESIA ...
"A poesia é rima clara?"
Perguntou, ninguém... a outro.
Ele riu na sua cara...
E respondeu, contrafeito:
A poesia é água na fonte.
Balada ao nascer do dia.
Gesto de amor, carinhoso.
Raiva e muita magia.
É sobretudo, inquietação.
Expectante... ou distante.
Poesia... é ser queixoso.
E se levar no queixume...
Pétalas de amor-perfeito.
Ou, imperfeição nas palavras...
Aí é sangue nas José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-47095327792673483012016-04-25T19:34:00.002+01:002016-04-25T19:34:48.472+01:00Meu cravo de AbrilMEU CRAVO DE ABRIL
Foi nas mãos de minha mãe que desfolhei
O cravo que em Abril me ofereceram
E no terno olhar de uma criança
Deixei as esperanças que me deram.
As pétalas do cravo eram promessas
Feitas de fé, de força e de vontade
E a pura alegria do meu povo
Que sonhava liberdade.
O medo morria, o sonho nascia,
E tudo já era poesia!
Foi quando gritei que queria ser gente
Clamei um país em José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-48471400238681912952015-07-16T15:47:00.002+01:002015-07-16T15:47:41.065+01:00DécimasMOTE
Esta mascarada enorme
Com que o Mundo nos aldraba,
Dura enquanto o Povo dorme,
Quando ele acordar, acaba.
(António Aleixo)
GLOSSAS
1ª
Demora esta gente p' ra acordar
Começa a ser grande o desleixo.
Ó grande poeta António Aleixo:
Quando vai o Povo despertar?
De norte a sul ouço protestar
A desigualdade é enorme,
Muitos no país já passam fome
E uns poucos a enriquecer,
Só mesmo tu não José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-47159665419484048572015-06-04T00:36:00.000+01:002015-07-16T15:02:36.778+01:00A poesia Alentejana A poesia alentejana
É para ser dita ou cantada
E quando é escrita e lida
É sempre prejudicada
Escrever bem não é poesia
José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-82734176617659668772015-04-29T23:00:00.000+01:002015-04-29T23:00:52.946+01:00RelíquiasRELÍQUIAS
Na ex-tasca do Aranha
Uma casinha modesta
Fica a capela do fado.
Canta-se o fado com gana
Refúgio de gente honesta
A lembrar tempo passado.
Quando a noite se vislumbra
Fica a capela em penumbra
Ao gosto do cantador.
E em sextilhas magoadas
Recordam-se antigas quadras
restos de outros amores.
Peixe frito e bacalhau
Um sorriso de mulher
Esta vida é mesmo assim.
Vinho a dar c'um pau
José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-71455435756052800042015-01-28T18:11:00.001+00:002015-01-28T20:20:24.403+00:00Sou Brado de um SerSOU BRADO DE UM SER
Sou Brado de um Ser.
Sou filho de um berço ...
Que é feito de palha, e cheira a verdura...
Sou feito de um Maio...
Coberto de flores, chorando a censura...
Sou eterno gaiato...
Que brinca nos campos, a brincar com nada...
Sou força de um tempo...
Que um dia sorriu, e se fez alvorada...
Sou sonho que emerge...
Por entre o restolho, e se esvai no pousio...
Sou conto sem José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-90221228541327962022014-07-17T17:39:00.000+01:002014-07-17T17:46:08.612+01:00A minha pena (décimas)A MINHA PENA
Mote
Caprichosa a minha pena
Meu jeito de versejar
Por vezes é cantilena
E embala o verbo amar.
Estranho modo é ser poeta
Penso comigo em silêncio
Escrever versos é vazio
Ou então a porta aberta
Muitas vezes é soberba
Pode ser modo de vida
Ou então estado de alma
Ser embriagado
Ou ego inebriado
Caprichosa a minha pena.
Martírio dias a fio
De olhos fitos se mantém
É de José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-63745998923342709912013-12-08T23:29:00.001+00:002013-12-08T23:30:45.758+00:00O luar afaga o folhado
que liberta o perfume da Serra.
O voo do falcão
acalenta esperanças
num rio adormecido.
Unem-se os atalhos
e a magia acontece
por entre veredas e orações.
Frei Agostinho sorri
e escreve poemas
nas alvas paredes do Convento.
É quando Deus acredita nos Homens!
Alexandrina Pereira (Arrábida meu amor, meu poema - 2013)José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-38335415285406756762013-03-25T12:26:00.000+00:002013-03-25T12:26:51.242+00:00AlentejoAlentejo
Guardei o sol na bagagem
Deixei o vento a chorar
Despedi-me dessa aragem
Tão fresquinha ao madrugar
No talego, a liberdade
De caminhar sem prisão
Dos montes, ai que saudade
Quando os subia no verão
A chuva, tenho-a no bolso
Sequei a roupa, à lareira
Guardei as dores, no dorso
P'ra lembrar a vida inteira
Com saudades, estou cantando
Esse ALENTEJO que encanta
Sinto as lágrimas, José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-62292250969601103362012-03-08T00:25:00.000+00:002012-03-08T00:27:10.998+00:00Dia oitoDia oito…
Doze meses tem o ano
Doze meses o engano
Virar de costas
Olhares arredios, impostas
Crueldades e barbaridades
Torturas, amedrontamentos
Doze meses de lamentos
Pergunto
Qual a beleza de um só dia
Porventura afasta a razia
De que servem palavras bonitas
Prendas atadas com fitas
São fitas, não saram golpes
Ramos de rosas são marionetas
Manipuladas são as vontades
Doze meses.
PerguntoJosé Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-7665513282761922222011-12-28T19:41:00.000+00:002014-07-17T17:45:06.272+01:00Uma Prenda no SapatinhoUMA PRENDA NO SAPATINHO...
Para ti que deixaste uma marca especialÉ para ti que escrevo um texto de NatalNele coloquei azevinho, uma ave no ninhoColoquei um ramo de oliveira no teu caminhoColoquei uma estrela, pedirei que te abraceQuando te sentires sozinho, que te enlaceSentirás a minha presença numa aragem amenaA noite serena envolverá a sombra do teu olharCom uma luz capaz de alcançarO meu José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-60434621392317138492011-09-30T10:09:00.003+01:002011-09-30T10:10:27.352+01:00Era um chaparro majestoso
ERA UM CHAPARRO MAJESTOSO
Era um chaparro majestoso
De uma sombra magnífica
Era um sítio maravilhoso
E um bem-estar que lá nos fica
Naquele imenso descampado
É um oásis, um aconchego
Para o pastor e o seu gado
Seja cabra ou borrego
Do intenso calor
O rebanho se resguardava
Para descanso do pastor
À sombra se refrescava
Esta árvore de envergadura
Também dá a sua quota
José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-41189878413465684482011-08-17T17:07:00.000+01:002011-08-17T17:07:15.995+01:00A Internura
A INTERNURA
A falta de ternuraQue reveste o mundoIncomoda-me.
Choro a arrogânciados Homensque comem as Árvoreso Sola Lua e a Terra,
Visto de insultostodos os que gritam vitóriapisando o corpo do soldado que agonizagritando: Pátria-
Sinto que Deus adormecesobre os ombros da tristeza.
Alexandrina Pereira – Insubmissão dos sentidos(Temas originais - 2010)José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-87599720942230114272011-03-16T10:12:00.000+00:002011-03-16T10:12:48.034+00:00Na voz do silêncioNA VOZ DO SILÊNCIO
Na voz do silêncio das nascentesentre o sono das palavrasque me dizeshá ribeiros vestidos de luar.
Nem as distânciasnos impedem de dizer:
Para sermos felizesBasta…amar!
Alexandrina Pereira (Momentos)
Alexandrina dos Reis Florindo Pereira, nasceu em Setúbal e vive em Palmela.Iniciou-se na escrita como autora de letras para canções infantis, onde obteve grande sucesso, José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-66110245930349809422011-02-02T18:19:00.000+00:002011-02-02T18:19:37.721+00:00Minha mãe amassa o pãoMINHA MÃE AMASSA O PÃO
"Minha mãe amassa a vida,
E a vida cabe-lhe inteira
Na farinha desmedida,
No infinito da peneira.
Minha mãe amassa o dia,
No alguidar, sobre o banco,
E do forno da alegria
O pão loiro sai tão branco.
Minha mãe amassa o ar,
Duma leveza infinita-
Quando fica a levedar,
A massa inteira levita.
Minha mãe amassa as flores,
As que no campo se dão-
E há mil José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-16379966516707854022010-12-09T18:38:00.000+00:002010-12-09T18:38:38.054+00:00Vem...Vem…
Vem, vem comigo ofertar um raio de solLevar ao mundo um sorriso de alegriaVamos fazer da noite continuamente diaEmaçar as dores num amplo e branco lençol
Desnudar do preto tornar em rouxinolAquela criança de além, que morre de asfixiaOs velhos cansados em adiposa agoniaO mundo raivoso embebido em metanol
Vamos estender o Natal que se avizinhaPelo ano todo, e vais ver és mais felizEsquece as José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-78155198556047683022010-11-26T17:43:00.000+00:002010-11-26T17:43:15.175+00:00SaudadeSAUDADE
NÃO É PALAVRA MORTA A SAUDADE
MAS, SIM, FONTE DE VIDA P'RA VIVER...
PALAVRA QUE RECORDA MOCIDADE
E, POR VEZES, TAMBÉM, NOS FAZ SOFRER !...
Q'UE IMPORTA QUE SE TENHA POUCA IDADE
SEM TER UM CORAÇÃO SEMPRE A BATER !
IMPORTA, ISSO SIM, TER-SE VAIDADE
DE SENTIRMOS A ALMA ESTREMECER !
QUANTAS VEZES PENSEI TER ESQUECIDO
O MUITO QUE POR MIM JÁ FOI VIVIDO !...
MAS SEMPRE CONTINUO A RECORDAR !
José Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6173038619087488824.post-74282003909988007082010-11-09T20:02:00.001+00:002010-11-09T20:04:28.820+00:00Eu Tinha um PaísEU TINHA UM PAÍS
Eu tinha um país
- talvez a ficção de um país
(e não este país de ficção)
que me levava a atravessar as noites
iluminado pela esperança
dum dia tudo poder ser diferente
eu tinha um amor
- talvez o sonho de amar e ser amado
(e não este vazio disfarçado)
que me levava a viajar dentro das horas
iluminado pela alegria
de cada manhã nascer sempre diferente
mas afinal não tinha nadaJosé Rasquinhohttp://www.blogger.com/profile/11236530308940723427noreply@blogger.com2