DIVAGO
(VII)
Uma luz que se reflecte pela janela
Atingindo os olhares curiosos,
Queimando mentiras descomunais
Como sendo mil pavios de uma vela
Acesa pelos desejos ociosos
De quem os sonhe, vivê-los… jamais.
A lua amada como uma mulher
Que se perde em suaves horizontes,
Num infinito deserto de nada,
De um sentimento falso que não se quer,
Que passa fugidio pelas mentes,
Histórias de uma vida privada.
Ideias primitivas
Que puxam pela memória
De quem nunca pensou,
Como se fossem decisivas
Para uma frustrante vitória
De quem nunca voltou.
Sons que se cheiram,
Que se sentem e nos consomem,
Que trazem uma suspeita forte,
Paixões que não se respeitam,
Anátemas de um velho homem,
De que já não sabe a sua sorte.
Fernando Saiote (Pedras Soltas)
Há 1 dia
1 comentário:
A Lua esse belo planeta secundário que acompanha a Terra, o segundo objecto mais luminoso no Céu e que tanto inspira os nossos poetas, talvez por aparecer à noite. Para mim as noites também são mágicas, por vezes melancólicas e repletas de mistério.
Adorei este belíssimo poema.
Beijinhos grandes,
Ana Paula
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