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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Nascer de um Verso

Nascer de um verso.

Diz-me vida, porque olho e te vejo
Ao longe, um tanto ou quanto difusa
Porque adormeço, na vastidão do Alentejo
Porque me sinto tantas vezes confusa

Ao olhar o dia, devia corar de desejo
Devia desabotoar os botões da blusa
Para que o sol me queime a pele, e num ensejo
Deixar que a terra faça de mim sua musa

Que cave socalcos na minha face alheia
Que se sacode, num não arrebatado
Devia-me deixar embalar na acalmia

Do calor tórrido, ou no Inverno gelado
Nas diferenças que este chão transporta
E aí terra, verias nascer um verso inacabado.

Antónia Ruivo  (Escrita trocada)

1 comentário:

Paula disse...

Nascer de um Verso é um belíssimo poema que retrata essa vastidão do Alentejo e o seu clima. Não nasci no Alentejo mas já passei férias perto de Évora em casa de familiares e o que li descreve essa realidade.
Aproveito para te desejar um bom fim-de-semana.
Beijinhos grandes,
Ana Paula