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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Lavrador da várzea grande

LAVRADOR DA VÁRZEA GRANDE


Lavrador da várzea grande
a terra que me deu de meias
só nela a raiva cresceu;
a terra era tão dura
que o arado não rompeu.

Levei a minha enxada
p’ra sua terra cavar…
mas, a enxada o que fez
foi o meu corpo suar

Do suor que caiu
a semente apodreceu;
adubada com secura
só a raiva ali nasceu…

Lavrador da várzea grande
que terra você me deu!...

José da Fonte Santa (Magia Alentejana)

1 comentário:

Paula disse...

Este belo poema transmite o retrato da alma do povo alentejano, que com sacrifício amanhou aquelas terras em que o clima e a serventia eram abrasadores.
Gostei muito, parabéns ao autor do mesmo, e a ti por o divulgares.
Beijinhos grandes,
Ana Paula