ERA UM CHAPARRO MAJESTOSO
Era um chaparro majestoso
De uma sombra magnífica
Era um sítio maravilhoso
E um bem-estar que lá nos fica
Naquele imenso descampado
É um oásis, um aconchego
Para o pastor e o seu gado
Seja cabra ou borrego
Do intenso calor
O rebanho se resguardava
Para descanso do pastor
À sombra se refrescava
Esta árvore de envergadura
Também dá a sua quota
Fruto de casca dura
A sua pequena bolota
Que a Natureza o proteja
E de nós não se esqueça
E da lenha que sobeja
No inverno nos aqueça
Esta árvore bondosa
É poleiro da passarada
Ela fica mais formosa
Quando alberga a bicharada
Sem nada nos dizer
Mas tem algo em comum
Tem sempre grande prazer
Em acolher qualquer um.
Manuel Lopes (Ser alentejano-2011)
Manuel Lopes nasceu em 1947, num monte do concelho de
Mértola.
Foi profissional de hotelaria já reformado, e vive
actualmente no Carvalhal - Grândola.
É aluno da Universidade Sénior de Grândola e membro do Núcleo
de Poesia de Setúbal, e da academia de teatro e poesia “Cantiga D’Amor” de Grândola.
Poeta de índole popular, repentista e satírico.
Sem comentários:
Enviar um comentário