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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Lamento

LAMENTO


De retalhos fui gerado
Parido em noite escura
Em nada fui embrulhado
Meu berço foi amargura


Sou filho da madrugada
Nasci nas asas do vento
Eu não sou dono de nada
Nem sequer do meu lamento


Sou da noite vagabundo
Irmão da vil tristeza
Sou cidadão deste mundo
Sou soldado da pobreza


Não tenho rumo, nem norte
Nem caminho, nem estrada
Sou inimigo da sorte
Eu não sou dono de nada


Estou preso nos sentimentos
Na mágoa, raiva e dor
Odeio meus pensamentos
Mas estou sedento de amor

José Raposo (Afectos e cumplicidades)

1 comentário:

Paula disse...

Um "lamento" muitíssimo bem retratado neste excelente poema.
Adorei!!!
Beijinhos grandes,
Ana Paula