Os Créditos para os Textos Seleccionados, a partir de Obras adquiridas, pertencem INTEGRALMENTE ao(à) seu(sua) Autor(a) ou Descendentes e Herdeiros e respectiva Editora. Os textos que não possuam a referência do Livro de origem, foram-nos enviados por amigos ou por pesquisas na net, pelo que, se alguma Entidade ou Indíviduo, considerar que estarmos a violar os seus direitos, por favor contacte-nos, e o(s) texto(s) serão prontamente retirados, assumindo que a queixa seja devidamente fundamentada.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brados de um ser

"BRADOS DE UM SER"

---
Sou filho de um berço...
Que é feito de palha, e cheira a verdura...
---
Sou fruto de um Maio...
Coberto de flores, chorando a censura...
---
Sou eterno gaiato...
Que brinca nos campos, a brincar com nada...
---
Sou força de um tempo...
Que um dia sorriu, e se fez alvorada...
---
Sou sonho que emerge...
Por entre o restolho, e se esvai no pousio...
---
Sou conto sem fadas...
Que avança no tempo, que não se contou...
---
Sou grito da alma...
Que brada no céu, e cai no vazio...
---
Sou Poeta que avança...
Por entre o destino, sem saber quem Sou...
---

António Prates (Sesta Grande)

3 comentários:

Paula disse...

Quando li (nas miniaturas dos Blogues dos meus amigos) Brados de um ser lembrei-me logo do nosso amigo António Prates, porque conhecia muito bem este maravilhoso poema, do poeta alentejano de Borba que ama o seu Alentejo.
Obrigada por esta partilha amigo José.

Beijinhos,
Ana Paula

Anónimo disse...

Está lindo este poema!
Adorei!
Abraços.

isabel canelas disse...

Belo poema,bem fluido,com sílabas brandas,mas de construção sólida,deliciando-nos com a sua a sua essência(do poema).Bem-haja,