"BRADOS DE UM SER"
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Sou filho de um berço...
Que é feito de palha, e cheira a verdura...
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Sou fruto de um Maio...
Coberto de flores, chorando a censura...
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Sou eterno gaiato...
Que brinca nos campos, a brincar com nada...
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Sou força de um tempo...
Que um dia sorriu, e se fez alvorada...
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Sou sonho que emerge...
Por entre o restolho, e se esvai no pousio...
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Sou conto sem fadas...
Que avança no tempo, que não se contou...
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Sou grito da alma...
Que brada no céu, e cai no vazio...
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Sou Poeta que avança...
Por entre o destino, sem saber quem Sou...
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António Prates (Sesta Grande)
3 comentários:
Quando li (nas miniaturas dos Blogues dos meus amigos) Brados de um ser lembrei-me logo do nosso amigo António Prates, porque conhecia muito bem este maravilhoso poema, do poeta alentejano de Borba que ama o seu Alentejo.
Obrigada por esta partilha amigo José.
Beijinhos,
Ana Paula
Está lindo este poema!
Adorei!
Abraços.
Belo poema,bem fluido,com sílabas brandas,mas de construção sólida,deliciando-nos com a sua a sua essência(do poema).Bem-haja,
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