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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Carrapatos Colados na Alma

CARRAPATOS COLADOS NA ALMA

Vejo e revejo
E não me reconheço
Perdi-me em dia de vento
Perdi pedaços no tempo
Esqueci o endereço

E agora…
Onde larguei o meu ser
Já não consigo enxergar
Nas rugas que vão vingando
Já não consigo encontrar
Os trilhos que fui pisando

Olho-me sem ver, cismando
Não reconheço os traços
Que teimam em mostrar
As marcas da vida
Ao passar…
Os amores por amar,
As raivas por acalmar
Os medos que teimei
Em não mostrar

Marcas nuas de sentimento
Que teimam em vingar
Parecem carrapatos
Colados na alma
Manipulam o silêncio
Que quase sempre me embala
Extravasam em doloroso sentir
No meu intimo a zunir

Que sou pedra por moldar
Pedra dura a teimar
Rolar, rolar
Sem o tempo ver passar
Sem trave para me agarrar.

Antónia Ruivo (http://escritatrocada.blogspot.com/)

Antónia Ruivo é natural de Montemor-o-Novo, e aconselhamos que conheçam melhor a sua escrita através de uma visita ao seu blog.

1 comentário:

Paula disse...

Adorei o poema e tenho que visitar o Blog dele para ler a sua bela poesia.
Boa escolha amigo José para este gteu espaço poético.
Beijinhos grandes,
Ana Paula