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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Longe

LONGE

Tudo me diz que estou longe
Mas não é verdade!
O deserto sempre foi o lugar
Da minha infância!
Por isso, na direcção dos oásis
Saboreio o silêncio.
Procuro uma romã que supere
As palavras em doçura
E claridade. Não estou longe!
Esta poeira é envolvente!

De tão cru, o sol apaga lembranças
E germina esquecimentos.
O meu destino, são os incontáveis
Grãos que semeiam o Nada.
Este horizonte infinito de ilusões
O céu de areia de certas tardes.

Estou longe, dizem-me alguns
Sinais. Mas é tão perto, a minha
Casa: Poema futuro, luminosa
Oliveira, manhã desejada!

Luís Filipe Maçarico (Cadernos de Areia)

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