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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Destino

DESTINO

Nos acordes soltos do timbre que escuto
Bato a porta do teu corpo na casa gasta.
Não quero ouvir o silêncio dos teus gritos,
Não quero ver as palavras brancas na folha lisa.
Quero abraçar a cor que flutua nas minhas mãos,
Sentir o calor entrar na pele exótica das ondas.
Aparco os olhos no céu sem orientação na noite
Curvo as costas e conto as pedras pretas do caminho,
Permaneço na estrada de asfalto de luz invisível.
Cai o sangue partido dos meus ossos
Da mentira pintada de vermelho deitada na minha cama.
Fecho os lençóis de seda do teu cabelo
E deito-me sem roupa abençoada de destino.

Mónica Correia (Antologia poética - Amante das Leituras 2008)

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