INGRATIDÃO
Eu canto versos rasgados,
Canto rostos magoados,
Canto o riso, a tempestade!
Eu canto as pedras da rua,
A sombra da mulher nua
Que se veste de saudade!!!
Eu canto fado canalha,
A vela que s’amortalha
Numa garrafa vazia…
Canto luz, a noite escura,
Canto espigas de ternura,
Canto fome de poesia!
Eu canto silêncio, canto,
Canto a tristeza e o pranto
Da mais terna violeta…
Sou versos que s’escreveram,
Esquecidos numa gaveta!!!
Canto ao homem que escreveu
Poemas que ninguém leu
E se chamou coração!
Canto àquele homem honrado
Qu’este mundo desvairado
Pagou com ingratidão!!!
Manuel Justino Ferreira (Poeta que parte… poemas que ficam)
Há 5 dias
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