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quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia oito

Dia oito…

Doze meses tem o ano
Doze meses o engano
Virar de costas
Olhares arredios, impostas
Crueldades e barbaridades
Torturas, amedrontamentos
Doze meses de lamentos

Pergunto

Qual a beleza de um só dia
Porventura afasta a razia
De que servem palavras bonitas
Prendas atadas com fitas
São fitas, não saram golpes
Ramos de rosas são marionetas
Manipuladas são as vontades
Doze meses.

Pergunto

Onde está a beleza de um só dia
A sua utilidade é relembrar agonia
Em cada rosa desfolhada
Uma mulher é açoitada
Em cada sorriso aberto
Uma mulher morre aos poucos
Numa caixa de bombons
Morre além uma alma
Por isso não me peçam calma

Dia oito só existe
Porque a barbárie no mundo persiste.

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