Alentejo… meu irmão!
Tem nos olhos um sol posto
A despedir-se da vida!
Cada ruga do seu rosto
Foi uma esperança perdida!
Ficou deserta a aldeia,
Até o ribeiro secou!
Mar d’angustia em maré cheia,
Onde o futuro naufragou!
Do velho monte sem porta
A solidão é vizinha…
E nos canteiros da horta
Só cresce a erva daninha!
Alentejo… imensidade,
Respirando quase a medo!
Alentejo… liberdade
Para viver no degredo!
Minha açorda de poejo,
Meu bolo de requeijão!
Meu velho, meu Alentejo,
Meu poema… meu irmão!
Manuel Justino Ferreira (Poeta que parte... poemas que ficam)
Há 1 semana
4 comentários:
O Mar de Sonhos faz um ano de existência. Venho assim agradecer toda a amizade e carinho ao longo deste tempo.
O meu muito obrigado.
Com amizade
Luis F.
Que saudades do Alentejo...
Foi com saudade que reli a poesia do Manuel Justino um poeta que tanto deu a Montemor e até certo ponto esquecido,bem haja
É com muito orgulho e admiração e que aqui revejo os poemas sentidos do meu querido sogro, Manuel Justino Ferreira, HOMEM de múltiplos talentos. Homens desta grandeza não deviam morrer fisícamente porque ainda tinham muito para dar à poesia portuguesa. Aqui lhe presto a minha profunda e sentida homenagem.
Jú Atayde Macau Ferreira
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