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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Eterna namorada

 ETERNA NAMORADA


Naquela rua morava
A mulher que tanto amava
Cujo nome nem sabia
Morava no rés do chão
Ao passar meu coração
Com loucura ele batia
Eu até achava graça
Quando através da vidraça
O seu olhar pressentia
Seus olhos vivos olhavam
Para os meus quando passavam
A sua boca sorria
Um dia lá me afoitei
À sua janela toquei
Como era meu desejo
Ela sorrindo acenou
Sua boca aproximou
Foi assim o primeiro beijo
Muitos anos já passaram
Duas estrela brilharam
No céu dos nossos amores
Eu ainda dou por mim
Dia de S. Valentim
Oferecendo-lhe flores.


José Raposo

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

AMEM



Amem

Perante tanta atrocidade cometida
Tanta bomba rebentada
Tanta vida consumida
Tanta conversa fiada
Não vou perder um segundo
Nem ficar de boca calada
E vou pedir ao Mundo
Que apenas ame e mais nada
Ama
Sem receios
Sem peias
Sem correntes 
Que te prendam a razão
Deixa que o teu coração se abra
E te conte os seus segredos
Deixa fluir a paixão
Flutua ao sabor dos sentidos
Deixa entrar essa doce melancolia
Que te aquece
Como o Sol aquece o dia
AMA

sábado, 21 de março de 2020

A palavra da poesia

A PALAVRA DA POESIA

Guarda o teu silêncio
No chão das tuas memórias
Não uses a palavra Poesia
Sem que ela te mereça essa escolha
Porque nos dias distantes das palavras
Na sua obscuridade e enigmas
Em que nada nos prende aos versos e às rimas
Esvoaça o pássaro branco da saudade
À procura do poema reencontrado
Na escrita e silêncios do poeta

E as rimas choram por si
E avivam-se os clarões do extraordinário
E no mundo etéreo e imaginário
Onde o poeta vive
Agitam-se os seus versos
Deixados na rua e murmurados por todos
Com essa brandura onde vibra a paixão
Dizendo que é loucura
Porque o poeta é um louco.

Mentira,
O poeta não é louco.
Vive sim da exuberância e do silêncio das palavras
E no denso nevoeiro que parece rodear a sua vida,
Nasce na luz da alvorada a construção de um novo poema
E fica preso na nostalgia da sua gloriosa transparência
Conjugando as rimas e as sílabas, juntando as vogais e as consoantes em palavras
Que ficarão na memórias
Daqueles que o lêem todos os dias.

A palavra da poesia
Remanesce no instante em que alguém a lê
Porque os poemas são momentos eternos
Nos silêncios sentidos e consentidos que a sua leitura nos dá.

Isabel Bastos Nunes
(retirado da sua página do facebook)

segunda-feira, 8 de abril de 2019

Esperança

ESPERANÇA

Quem me dera 
Ter o mundo
Fechado na minha mão
Nem que fosse por um segundo
Eu faria desse mundo
Um mundo belo e diferente
Um mundo para toda a gente
Um mundo com amanhã
Com liberdade
Em que a a solidariedade
Não fosse palavra vã
Um mundo onde a criança
Fosse futuro
Fosse esperança
Um mundo onde haja um sonho
Um sonho bonito
Em que o horizonte
Seja uma ponte 
Para o infinito

José Raposo

sábado, 19 de janeiro de 2019

EU SÓ QUERO PEDIR POR FAVOR

Eu só quero pedir por favor

Eu só quero pedir por favor.
Não penses mais em mim.
Sei que não murchou a flor
E outras vão colorir o jardim.

Eu só quero pedir por favor
Que deixes o meu sol nascer pela manhã,
E seja verdadeiro o seu fulgor,
E vermelho o bago da romã.

Eu só quero pedir por favor
Que não apagues o brilho do teu olhar,
Espelho do meu esplendor,
Onde a minha fantasia aprendeu a navegar.

Eu só quero pedir por favor.
Não penses mais em mim.
Mas se for demais a dor...
Leva-me uma flor do jardim.

Manel Bola
Do livro "Sem amor", um livro de poemas sobre o amor, onde, curiosamen te, a palavra "amor" não aparecer uma única vez.

O POETA MANEL BOLA
Carlos Rodrigues, conhecido por Manel Bola, nasceu em Setúbal em 3 de Setembro de 1944, e faleceu a 11 de Dezembro de 2016.
Conhecido como actor, participou, como amador, na "Ribalta" (Companhia de teatro do Ateneu Setubalense), e foi um dos fundadores da "TEIA" (Teatro Amador de Setúbal). A partir de 1978, e até `reforma, foi actor residente do "TAS" (Teatro de Animação de Setúbal).
Como actor, participou em mais de 60 peças de teatro, tendo ainda dado vida a diversas personagens de séries para a televisão.
Participou ainda na criação de vários espectáculos e acções culturais.
Em 1977 foi galardoado com o prémio de "Melhor actor ibérico", atribuído pelo 3º festival de cinema ibérico.
Em 1971 foi encenador da peça "Era uma vez em Setúbal", conjuntamento com Fernando Guerreiro e João Aleluia.
Em 1996 foi distinguido pela Câmara Municipal de Setúbal co a Medalaha de Honra de Mérito Cultural, e em 27 de Março de 2013, Dia Mundial do teatro, recebeu homenagem pública por parte da C.M.S.  e do TAS.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

NO DIA EM QUE EU MORRER...

No dia em que eu morrer...

No dia em que eu morrer
Gostava de ouvir guitarras
No seu trinado a dizer:
O Estrela soltou amarras!

Subiu ao alto do céu...
Depois de ao inferno baixar.
Desencarnou, não morreu,
Sem vontade de voltar.

Aqui mágoas padeceu
Por ser um desalinhado
Lutou, gritou e sofreu
Para cumprir o seu fado.
Aqui viveu sem temor
Em nome da liberdade
Sem dinheiro, com amor
Afectos e amizade!

Luís Filipe Estrela
(retirado do facebook) - (https://www.facebook.com/photo.php?fbid=240375639853046&set=a.112299252660686.1073741827.100016418356971&type=3&theater

quarta-feira, 20 de junho de 2018

DEIXA-TE FICAR NO MEU PEITO

DEIXA-TE FICAR NO MEU PEITO

Esta noite
Deixa-te ficar no meu peito,
Não te mexas, nem sequer devagar,
Deixa que a brisa nos embale e ouve só o sussurrar do vento
Deixa-me cheirar o teu perfume
Porque foi ele que me trouxe aqui.

Quero o teu corpo e alma
Quero os teus lábios nos meus,
Quero-te quando a noite acalma
Mas quero-te sempre só meu.

Não me feches os olhos
Porque quero ver o brilho do teu olhar, eles também são meus.

Que bom é olharmo-nos, quando estamos perdidos
E encontrar os nossos sentidos,
Presos nos meus e nos teus.

Amor, pode não ser a palavra, gesto ou sedução
Mas sei, que amar é ser amado,
Mesmo quando quieto e calado
Ele é essência da vida...

Deixa este silêncio permanecer
Deixa-me viver neste sonho acordado,
Não me digas nada, porque não há nada para dizer,
Quero apenas ficar deste jeito, quieta e calada, 
Contigo apena, no meu peito.

Isabel Bastos Nunes (retirado do facebook)




Isabel Bastos Nunes é natural de Lisboa., e vive em Setúbal.
Estudou em Tomar, Coimbra, Lisboa e Angola (Luanda e Stº António do Zaire).
Grande parte do seu percurso profissional esteve ligado à imprensa escrita.
Editou um livro de poesia, e participou em várias obras colectivas, tendo visto já a sua escrita premiada em várias ocasiões.
Colabora regularmente em eventos literários.