A PALAVRA DA POESIA
Guarda o teu silêncio
No chão das tuas memórias
Não uses a palavra Poesia
Sem que ela te mereça essa escolha
Porque nos dias distantes das palavras
Na sua obscuridade e enigmas
Em que nada nos prende aos versos e às rimas
Esvoaça o pássaro branco da saudade
À procura do poema reencontrado
Na escrita e silêncios do poeta
E as rimas choram por si
E avivam-se os clarões do extraordinário
E no mundo etéreo e imaginário
Onde o poeta vive
Agitam-se os seus versos
Deixados na rua e murmurados por todos
Com essa brandura onde vibra a paixão
Dizendo que é loucura
Porque o poeta é um louco.
Mentira,
O poeta não é louco.
Vive sim da exuberância e do silêncio das palavras
E no denso nevoeiro que parece rodear a sua vida,
Nasce na luz da alvorada a construção de um novo poema
E fica preso na nostalgia da sua gloriosa transparência
Conjugando as rimas e as sílabas, juntando as vogais e as consoantes em palavras
Que ficarão na memórias
Daqueles que o lêem todos os dias.
A palavra da poesia
Remanesce no instante em que alguém a lê
Porque os poemas são momentos eternos
Nos silêncios sentidos e consentidos que a sua leitura nos dá.
Isabel Bastos Nunes
(retirado da sua página do facebook)
Há 2 dias
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