MEU CRAVO DE ABRIL
Foi nas mãos de minha mãe que desfolhei
O cravo que em Abril me ofereceram
E no terno olhar de uma criança
Deixei as esperanças que me deram.
As pétalas do cravo eram promessas
Feitas de fé, de força e de vontade
E a pura alegria do meu povo
Que sonhava liberdade.
O medo morria, o sonho nascia,
E tudo já era poesia!
Foi quando gritei que queria ser gente
Clamei um país em tudo diferente
Onde não houvesse dor e solidão
E onde em cada mesa houvesse pão.
E o poema foi grito a rasgar a madrugada
O povo na rua sem saber de nada
As armas caladas, os cravos na mão,
Alferes, capitães, marinheiros, soldados
Searas de esperança brotando do chão
Sorrisos e flores por todos os lados.
Meu cravo de Abril com alma de povo
Volta por favor a florir de novo!
Alexandrina Pereira
(Abril 2016 - Facebook)
Há 2 semanas
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